Por: Leal Mundunde
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Uma morte, várias detenções e espancamento de cidadãos são alguns dos resultados da marcha pela cidadania que decorreu em Luanda, este sábado, 24, com participação de membros da sociedade civil e políticos da oposição.
Segundo relatos a que o Portal Mundunde Online Angola, teve acesso, a Polícia Nacional deteve várias personalidades com realce aos políticos: Nelito da Costa Ekuikui,
Navita Ngolo, Agostinho Kamuango e Gabriela Martins.
Durante a Marcha, Dito Dalí um dos organizadores do acto pelo elevado custo de vida da população e para exigir do executivo, a realização das Eleições Autárquicas em 2021, foi de acordo relatos"brutalmente espancado", tendo perdido os sentidos como mostram as imagens abaixo.
O Presidente do Movimento de Estudantes de Angola, Francisco Teixeira também foi um dos cidadãos detidos durante a manifestação, bem como o Secretário Provincial da JURA
Domingos Epalanca.
Até as 14h00, o Portal Mundunde Online Angola soube que um cidadão foi morto no local, supostamente por agentes da Polícia Nacional e outro foi baleado no braço direito e prontamente socorrido em uma das unidades hospitalares da capital.
A deputada Navita Ngolo disse a Rádio Despertar que no acto da sua detenção pelos agentes da Polícia Nacional, foi espancada com porretes e acusou os agentes da "farda azul", de estarem ao serviço do partido no poder (o MPLA).
Portal Mundunde Online Angola teve informações que indicam a destruição por parte dos manifestantes, de alguns pertences da Polícia e bens públicos.
Sobre a queima de pneus em algumas zonas de Luanda e destruição de bens públicos, Dito Dalí acusa um alegado grupo denominado por "turma do apito", de estarem por detrás destas acções negativas, justificando que supostamente estão ao serviço das autoridades angolanas para posteriormente acusarem os manifestantes.
"Uma formatura bem rápida na UGP formou militares em pelotões e os mesmos subiram em viaturas blindadas em direcção ao centro da cidade, em Luanda, alguns foram espalhados nas esquadras e Comandos Municipais. Os militares foram orientados para ajudarem a polícia prender os cidadãos que se juntarem na via pública com destaque no primeiro de Maio , Largo Doutor Agostinho Neto e nos pontos chaves onde suspeita-se que" haveria aglomeração de vários agentes dos serviços secretos, segundo o Secretário Provincial da UNITA Nelito da Costa Ekuikui.
O deputado que desmentiu as informações postas a circularem de que o seu partido foi quem convocou a marcha, esclareceu que foram os membros da sociedade civil que organizaram e disse por seu turno que os agentes da Polícia foram espalhados em Luanda, para observarem onde tem ajuntamentos populacionais e comunicarem rapidamente ao posto Comando ".
Nos próximos momentos prometemos trazer a versão da Polícia Nacional sobre esta marcha.
Recordar que esta sexta-feira, o governo divulgou o conteúdo do novo decreto presidencial onde proíbe ajuntamentos superiores a cinco pessoas.
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