Por: Leal Mundunde
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Dois cidadãos morreram durante os protestos que decorreram esta quarta-feira, em Luanda, numa altura em que chegam relatos da detenção e espancamento de vários cidadãos por parte de Agentes da Polícia Nacional.
Um dos Activista foi morto com um disparo a cabeça, quando fazia parte de um grupo de cidadãos que exigiam do governo angolano, o fim do elevado custo de vida da população e a realização no próximo ano, de Eleições Autárquicas.
De acordo as informações, Nito Alves e Laurinda Gouveia foram espancados ao ponto de perderem os sentidos. O estado de saúde dos dois activistas ainda está por se apurar.
Disparos, granadas, gás lacrimogênio e outros materiais bélicos foram usados por agentes da "força da ordem", para inibinir a acção dos manifestantes que a pesar deste cenário, prosseguiram com as reivindicações.
Luaty Beirão e outros activistas foram detidos e soltos posteriormente.
As Forças Anti-Distúrbio, Ordem Pública, Cavalaria e Cinotécnia (cães e cavalos), estiveram em prontidão para reprimir a manifestação dos cidadãos que almejavam chegar até ao largo 1º de Maio,em Luanda.
Para além de Luanda, a população das províncias do Cuanza Norte, Huambo,Namibe, Benguela e Huila também sairam a rua, tendo terminado com detenção e espancamento, segundo dados que o Portal Mundunde Online Angola apurou.
Na província do Cuanza Norte 16 jovens que protestavam foram de acordo relatos, detidos por afectivos da Polícia Nacional e abandonados numa fazenda, na localidade de Kizenza, em Malanje.
REACÇÃO DA POLÍCIA NACIONAL
"FRUSTRADA ACÇÃO DE JOVENS QUE TENTAVAM DESOBEDECER MEDIDAS DE AJUNTAMENTO NA VIA PÚBLICA". Este é o título da informação que consta na página oficial da Polícia Nacional no Facebook.
"Efectivos de distintos órgãos da Polícia Nacional de Angola, no âmbito do cumprimento da missão de manter a ordem e a tranquilidade pública, dispersaram", " em Luanda, na zona da FTU e arredores, um grupo de jovens, que tentaram sair a rua em manifestação, violando uma das medidas vigentes no Decreto Presidencial, que proíbe o ajuntamento de mais de cinco pessoas na via pública, em função da situação de Calamidade que o país observa, face a prevenção e combate à COVID-19", segundo o que consta na página da Polícia Nacional.
Recordar que na manifestação de 24 de Outubro, a marcha realizada em Luanda, culminou em morte, facto desconfirmado pelas autoridades angolanas.
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