Por: Leal Mundunde
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O Centro de Estudos para a Boa Governação(UFOLO), exige a libertação "imediata" dos jornalistas detidos durante a última marcha , de 24 de Outubro, em Luanda.
A detenção ocorreu na sequência da marcha organizada pela sociedade civil, com participação de membros de alguns partidos da oposição, com destaque a UNITA, com o objectivo de protestarem o elevado custo de vida da população e exigirem do executivo, a realização das Eleições Autárquicas em 2021.
No comunicado da UFOLO que o Portal Mundunde Online Angola teve acesso, esta organização lamenta a violação da liberdade de imprensa e a detenção de Jornalistas que estavam no exercício das suas funções.
"Repudiamos com veemência o aprisionamento, a agressão e o condicionamento de Jornalistas no exercício da sua profissão", lê-se na nota assinada pelo Presidente da UFOLO, Rafael Marques.
A UFOLO destaca o papel que desempenham os órgãos de Comunicação Social, para o progresso e desenvolvimento dos países, garantindo que os jornalistas são um dos principais "baluartes da liberdade, sem os quais não há verdadeira democracia".
O Centro de Estudos para a Boa Governação(UFOLO), condena a detenção de Jornalistas, fotógrafos e outros profissionais dos órgãos de Comunicação Social, por parte dos Agentes da Polícia Nacional.
Os membros desta organização angolana, exigem a libertação "imediata e sem condições de: Suely de Melo, Carlos Tomé e Santos Samuesseca, bem como do motorista Leonardo Faustino, do jornal Valor Económico e da Rádio Essencial, ambos pertencentes ao grupo GEM Angola Global Media" e reprovam de igual modo a detenção de Domingos Caiombo e Octávio Zoba, repórter e operador de câmara da TV Zimbo, respectivamente, "os quais foram obrigados a apagar as imagens que haviam captado da manifestação".
"Com igual repúdio, condenamos a detenção e agressão do fotógrafo Osvaldo Silva, da Agência France Press. Detido uma primeira vez na manifestação, a Polícia Nacional retirou a Osvaldo Silva as suas credenciais de jornalista e levou-o para o Comando Provincial da Polícia Nacional, onde cinco agentes o atiraram ao chão e o agrediram a pontapé e bofetadas, tendo ainda apagado as imagens que o fotógrafo havia captado. Ao fim de cerca de duas horas, Osvaldo foi libertado, e regressou à manifestação, onde pouco depois a Polícia Nacional o espancou, desferindo-lhe golpes nas nádegas e no corpo com correntes de metal", lê-se na nota que temos vindo a citar.
Recordar que o Secretário Geral do Sindicato dos Jornalistas de Angola (SJA), Teixeira Cândido reagiu a detenção dos Jornalistas com as seguintes questões: " Quando é que a Polícia Nacional vai compreender que os jornalistas não estão proibidos de cobrir qualquer manifestação. Quando é que a Polícia Nacional vai compreender que se trata de abuso de poder deter jornalistas, danificar os seus meios, simplesmente porque estão a cobrir manifestações? "
Segundo Teixeira Cândido , a direcção do Sindicato dos Jornalistas abordou recentemente com a Polícia Nacional, em Luanda, em torno das detenções dos profissionais da classe no exercício das suas funções e esperava que situações do gênero não voltasse acontecer.
Este é um assunto que prometemos trazer mais pormenores nas próximas horas.
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