Por:Leal Mundunde
A organização da Marcha que decorreu a 24 deste mês, em Luanda, promete continuar a protestar até que os objectivos traçados sejam concretizados.
No relatório apresentado esta quarta-feira, a imprensa, os membros da Sociedade Civil, que estiveram envolvidos na realização da Marcha,
com o objectivo de protestarem o elevado custo de vida da população e exigirem do executivo, a realização de Eleições Autárquicas no próximo ano, garantiram que durante os protestos, dois cidadãos, identificados pelos nomes «Mamã África», e Marcelina Joaquim "foram baleados mortalmente", mais de 50 cidadãos foram "brutalmente agredidos e feridos, dentre os quais os Activistas Geraldo Dala, que foi gravemente ferido na cabeça tendo levado 10 pontos, o secretário da UNITA no Mussulu, alvejado no seu braço direito, e Dito Dalí que foi selvaticamente espancado tendo perdido os sentidos e ainda vários cidadãos foram detidos incluindo 4 jornalistas", lê-se no Relatório.
Sobre as mortes que ocorreram na marcha realizada a 24 deste mês na capital do país, a Governadora de Luanda, desmentiu no mesmo dia à imprensa.
De acordo a governante, o que ocorreu foram actos de vandalismo que "causaram danos materiais, ainda por calcular, mas sem vítimas humanas" e referiu que situações do gênero não devem voltar a acontecer.
No Relatório que o Portal Mundunde Online Angola teve acesso, os organizadores da Marcha pela cidadania, disseram que a acção desenvolvida pelos agentes da Polícia Nacional foi encarada pelos mesmos como uma acção "violentamente desnecessária e desproporcional que perigava as suas seguranças o que motivou a resistência da parte" dos cidadãos face aos disparos de armas de fogo, granada de efeito letais, gás lagrimogénio e mordeduras de cães.
"No final deste cenário quase 500 pessoas, entre manifestantes e não só, encontravam-se desaparecidas", acrescentam.
Por sua vez, a detenção de alguns manifestantes e quatro jornalistas, foi considerada de ilegal pelos membros da Sociedade civil, que dirigiram os protestos.
Recordar que em pleno dia da Independência Nacional, jovens da sociedade civil pretendem realizar mais uma manifestação para exigir do executivo angolano, o fim do elevado custo de vida da população e a realização de Eleições Autárquicas em 2021.
Depois de terem realizado no sábado passado,24, a marcha com o mesmo fim, a manifestação que acontece a 11 de Novembro, vai começar no cemitério da Sant'Ana e o seu término está previsto para o 1º de Maio, em Luanda.
Comentários
Enviar um comentário