Por: Leal Mundunde
O Presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior reagiu as acusações do líder do MPLA sobre o alegado envolvimento directo do seu partido , na marcha pela cidadania que aconteceu em Luanda e acusa João Lourenço de ter medo do povo .
Para João Lourenço a participação de membros do Galo Negro na marcha do sábado, 24, deve merecer repúdio da sociedade angolana e não pode permitir que os partidos políticos com assento parlamentar, "incitem os jovens e a população para a desobediência civil".
No discurso da segunda reunião ordinária da Comissão Política da UNITA, que decorreu em Luanda, Adalberto Costa Júnior disse que as organizações da sociedade, com realce a juventude, decidiram protestar em função do sofrimento que enfrenta a população "empurrados por mil promessas incumpridas, aos quais se juntaram cidadãos de diversas proveniências".
"Estamos a ouvir as mais altas instâncias do país afirmarem que estes jovens não têm pensamento próprio, não lhes é reconhecida a capacidade de terem ideais e de não serem capazes de perseguirem causas próprias! Para quem governa este país, a população que sai à rua e se manifesta, os jovens que têm a coragem de lutar por melhores condições de vida, ou de exigir um calendário para a realização das autarquias, só podem ter vínculo à UNITA!", lamentou o político do maior partido da oposição no país.
O Presidente da UNITA disse ainda que João Lourenço tem medo do povo, que com o decorrer do tempo vai demonstrar a capacidade de efectuar leitura da sociedade e de posicionar-se em defesa do seu interesse.
Adalberto Costa Júnior acusa o MPLA, de ser uma força política que constrói leis inexistentes em democracias funcionais.
"Retiraram aos angolanos a condição de elegerem directamente o Presidente da República; na CNE têm domínio absoluto da administração eleitoral, garantindo sempre os resultados de sua conveniência e nós estamos a dizer que precisamos de abraçar a lei modelo eleitoral aprovada pelo SADC, de que fazemos parte!", acresceu.
Segundo o líder dos "maninhos", os membros do seu partido são pela paz e não apoiam a violência e aconselha a libertação imediata dos cidadãos detidos na sequência da marcha pela cidadania, no sábado, 24, com o foco de exigirem do executivo angolano, o fim do elevado custo de vida da população e a realização de Eleições Autárquicas no próximo ano.
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