OPINIÃO
Por: Josimar Agostinho Onjango
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Desde o dia vinte e seis de Setembro de dois mil e dezassete que Angola tem novo Presidente, seu nome João Manuel Gonçalves Lourenço. Mal tomou posse, aliás, mesmo antes do Memorial António Agostinho Neto sediar a investidura, já se propalava uma tal mudança de paradigma de governação mesclada com outras promessas de um país melhor.
A Constituição da República de Angola (CRA), no seu centésimo décimo terceiro artigo, ponto primeiro, determina que "O mandato do Presidente da República tem a duração de cinco anos, inicia com a sua tomada de posse e termina com a posse do novo Presidente eleito".
João Manuel Gonçalves Lourenço cumpre, hoje, dia vinte e seis de Setembro, o terceiro ano do seu mandato. As promessas durante a campanha e exercício das suas funções, dentre outras, foram o combate à corrupção e fomento de meio milhão de empregos.
A corrupção foi considerada um cancro. Na luta contra o cancro há os que contam alegres os números de vitórias e impulsionam, o actual Titular do Poder Executivo, a continuar o que vai se chamando de cruzada contra a corrupção, os jubilosos citam os casos de altas figuras indiciados em processos que correm nos tribunais, mas existem igualmente os que não festejam e definem tal batalha de selectiva, incompleta e mal preparada. No segundo mês do presente ano, um dos representantes de uma das chamadas forças políticas de Angola usou na mesma frase o nome do responsável máximo da Comissão Nacional Eleitoral e a palavra corrupção. Houve inclusive tentativa de impedimento da tomada de posse daquele. Nos últimos dias, chegam notícias internacionais sobre assuntos de dinheiros nacionais, sendo que, entre nós, emergiu um cartoon angolano que retrata a mão direita do Número Um do Palácio queimada pelo fogo.
A empregabilidade marca o trajecto do Novo Número Um. O intento era quinhentos mil postos de trabalho até ao ano de dois mil e vinte um. O Decreto, aprovado no quarto mês do ano que passou, previa a disponibilização de vinte e um mil milhões de kwanzas. Contudo, no oitavo mês do ano que ainda não passou, foi anunciada uma alteração, previsão de criação de oitenta e três mil empregos até ao ano de dois mil e vinte e um. De quinhentos mil para oitenta e três mil a diferença é de quatro centos e dezassete mil empregos. Os dados oficiais, do Instituto Nacional de Estatística (INE), dizem que desde o segundo trimestre do actual ano, dois milhões setecentos e dezassete e cento e noventa e um jovens estão desempregados. São os números do INE.
No dia de hoje, no uso dos direitos que a CRA confere, no seu artigo quadragésimo, jovens estão nas ruas exteriorizando o que se lhes vai na alma, porquanto os empregos ainda não possuem.
Mascomo não vale apenas apontar o dedo, sendo necessário, de igual modo, apresentar possíveis caminhos, auguramos que se possa contar com todas as Instituições da sociedade, principalmente a Igreja, que sempre jogou um papel preponderante nos momentos mais difíceis da nossa História, em busca de uma plataforma nacional com vista ao necessário combate à corrupção. Cidadãos com projectos, competência e força de vontade, que podem garantir empregos, não faltam, precisam ser olhados como angolanos e angolanas que querem contribuir para uma Angola melhor, pois a cor partidária, a raça, a origem denominada etno-linguísticas, diz-nos o conhecimento filosófico, são meros acidentes, a substância é que são seres humanos criados a imagem e semelhança de Deus, Pai Todo Poderoso, são angolanos e angolanas.
Desde o dia vinte e seis de Setembro de dois mil e dezassete que Angola tem novo Presidente, seu nome João Manuel Gonçalves Lourenço. Mal tomou posse, aliás, mesmo antes do Memorial António Agostinho Neto sediar a investidura, já se propalava uma tal mudança de paradigma de governação mesclada com outras promessas de um país melhor.
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