Por: Leal Mundunde
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A tomada de posse do Presidente da República , João Lourenço, trouxe várias expectativas e passados três anos, a população continua a enfrentar várias dificuldades, segundo os cidadãos ouvidos pelo Portal Mundunde Online Angola.
Foi a 26 de Setembro de 2017, que João Lourenço tomou posse como o terceiro Presidente de Angola, para um mandato de cinco anos.
Decorridos três anos, o técnico de Máquinas e Motor, Cristóvão José
disse que o trabalho do Presidente de Angola, tem sido de "muito"discurso e na prática garante ser negativo o seu desempenho.
O técnico de Enfermagem, Cláudio Zumba afirma que a população tem estado a encontrar inúmeras dificuldades, principalmente no sector social, a pesar de reconhecer que houve algumas melhorias, no setores da Saúde e Educação, com o enquadramento de novos profissionais.
Cláudio Zumba atribui nota negativa ao sector da Energia e Água, alegando haver nos últimos dias várias reclamações por parte da população.
A situação económica do país, tem deixado preocupado o docente Gerson Manuel, tendo destacado a perda do poder de compra por parte dos cidadão, a inflação, o desemprego e a dependência constante do país face o petróleo.
As politicas públicas contra a pobreza e a criminalidade, também devem ser melhoradas, de acordo ao nosso entrevistado, Gerson Manuel .
"Outro problema é a ligação dos membros do governo nas questões de Peculato, tráfico de influência e corrupção, que na verdade mancha a boa governação", lamentou a fonte.
COMBATE A CORRUPÇÃO, NEPOTISMO E PECULATO
O combate a estes problemas que afectam o país, foi uma das promessas eleitorais do MPLA, naquela altura tendo como candidato, João Lourenço, actual líder do país.
Convidado a efectuar balanço do combate a corrupção, ao longo dos três anos de governação do Presidente João Lourenço, sorrindo, Cristóvão José disse ser um jogo político pra distrair os menos atentos, "por isso, neste caso da justiça escolhe-se os menos fortes, como por Exemplo: os vice governadores e os que não têm muita expressão no partido". "De combate mesmo está mal" , lamentou.
"O combate a corrupção tem levantado muitas dúvidas por actuar uns e deixar além outros actores e suspeitos no aparelho governativo", afirmou o docente Gerson Manuel.
Fomos mais longe e questionamos se o julgamento de Augusto Tómas, José Filomeno "Zé Nú", Zé Maria e outros antigos governantes, se foram efectuados por alegadamente terem menos expressão no seio do MPLA, Cristóvão José respondeu que tinham "expressão" na era do Presidente José Eduardo dos Santos.
"Por isso, tem se dito que a justiça está a ser selectiva. Eu estou de acordo com estas ideias. Vejamos nesta era de João Lourenço, muitos escândalos" de desvios de fundos públicos de dirigentes, mas ninguém é chamado e se alguém for chamado, este não é do grupo de João Lourenço",realçou.
"Quanto as políticas Eleitorais sobre essa matéria, ainda estão muito aquém, pois o repatriamento de capitais deve ser feita com lisura e que seja usado para se alcançar o bem-estar económico e social para o país", acresceu Gerson Manuel.
Segundo o docente, a justiça deve estar em prol do país, e não para defender os interesses de alguns cidadão, pois , a pátria está acima de cores partidárias.
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
As Eleições Autárquicas foram adiadas para o próximo ano, ao invés deste, como estava previsto.
Os cidadãos em Luanda, perante esta realidade, garantem que não foi a decisão acertada e esta adiação deve-se exclusivamente a falta de vontade política por parte do MPLA.
O docente Gerson Manuel afirmou que , sempre foi assim, quando se trata de questão eleitoral para o MPLA. " Foi uma pulga na orelha para os Camaradas. Para quem quer ver o país a brilhar com as cores de esperança, deve adoptar medidas certas e eficazes. As autarquias seriam um bom exemplo a seguir", disse.
O técnico de Máquinas e Motores, Cristóvão José é do mesmo ponto de vista e garante que João Lourenço e o seu partido, o MPLA, apresentaram como desculpas a falta de condições para a não realização destas eleições para fugir das autarquias, " onde a primeira foi quando o presidente JLO atirou a responsabilidade para a Assembleia Nacional a quando da aprovação das leis do pacote autárquico no geral e agora, a desculpa é a pandemia.
Isso mostra o medo que o MPLA tem em perder ou dividir o poder político".
Dumildes Manuel reagiu de forma negativa adiação das eleições autárquicas para o próximo ano, alegando que é sinónimo de medo e fraqueza para o MPLA, "porque
poderia perder", afirmou.
Para os nossos entrevistados, se não houver vontade política, próximo ano não vai ocorrer estás eleições, "mas anulação ou adiamento não vale para nada, se o objectivo é reorganizar o país pelas Autarquias e trazer o bem estar as populações com a descentralização do poder" , exortou Gerson Manuel .
AVALIAÇÃO DO PIIM, DOS SECTORES DA SAÚDE E EDUCAÇÃO, SERÁ O FOCO DA PRÓXIMA MATÉRIA QUE PUBLICAREMOS NO PORTAL MUNDUNDE ONLINE ANGOLA.
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