Por: Ir. Padre Alberto Sissimo, PSDP
Primeira Let.:Is. 56,1.6-7; Sl. 66; Segunda Let.: Rm. 11,13-15.29-32; Ev. Mt. 15,21-28
Saudações em Cristo Jesus!
DEUS É NOSSO PAI…
SOMOS TODOS IRMÃOS…
Estamos viver o vigésimo Domingo do Tempo comum, neste ano especial de 2020. Apensar do Covid-19, o mistério de Deus, continua a fazer morada no meio de nós. As vezes com sabor bom e outras com sabor amargo. Para mim, o sabor amargo é a perda incontornável do meu Padrinho Adriano Feliciano que vai a enterrar em plano dia da solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria (15/08), «memoriam in eterno».
Os textos bíblicos da liturgia da Palavra deste Domingo, revela-nos como Deus vem até nós, mas nem sempre saímos para encontrá-lo. Para evitar discussões inúteis sobre impurezas com escribas, fariseus e outras autoridades judaicas, Jesus se retira para o sul do Líbano, para a terra dos fenícios, ou seja, para a terra pagã. Mas também aqui ele enfrenta o mesmo problema. A sua presença manifesta-se de muitas maneiras diferentes, mas nem sempre é reconhecida e bem-vinda pelo povo. Às vezes, é bem-vindo de maneiras e lugares surpreendentes. hoje, vemos Jesus partindo para um lugar inesperado: a região entre Tiro e Sidónia, habitada por pagãos. Sua chegada não passa despercebida: é recebido por uma mulher cananéia, alguém, que não pertencia a Israel. A mulher (humanidade), não exprime só e sobretudo as próprias necessidades: reconhece, Jesus como Senhor, filho de David. Seu grito de desespero é purificado tornando-se oração. Quando dizemos ou cantamos na missa: “Senhor, tem piedade”, repetimos, as palavras e venerações da mulher cananéia, que confronta, Jesus, com a questão da salvação dos pagãos.
Na primeira leitura de hoje, o Senhor, por meio do profeta Isaías, convida todos os crentes nele, isto é, aqueles que o reconhecem e o adoram como Pai de todos os homens, devem ser acolhidos em sua casa de oração. Mais detalhadamente, o primeiro versículo do capítulo cinquenta e seis de Isaías, com o qual começa o livro das consolações, nos diz que a condição para ser admitido à salvação é observar as leis da justiça emanadas de Deus. Nos versículos 6 e 7, Isaías nos diz que até mesmo os estranhos são admitidos à salvação. Portanto, todos os povos, israelitas, cristãos católicos e outros, são convidados a seguir o Senhor e, merecem participar da Casa de oração.
O Salmista, convida-nos a elevar o nosso olhar dos bens temporais aos espirituais, mas também a evitar a tentação de cair num espiritualismo desencarnado, porque nada impuro foi criado por Deus, tendo criado tudo para eternidade.
Na segunda leitura, São Paulo, no capítulo 11 de sua carta aos Romanos, nos diz que os cristãos, seus correligionários, a não se afastarem de Moisés e, portanto, aceitar Cristo, que dizia, todos os homens, foram reconciliados com Deus, em Cristo, por Cristo, com Cristo.
O santo Evangelho hoje, é retirado do capítulo quinze de Mateus, narra que Jesus, percebendo a dureza de coração de seu povo, vai a terras pagãs, em terras fenícias e os encontra uma mulher Cananeia. Caná não é um lugar geográfico, mas religioso: o teu coração, a sua casa, a família. Em relação a esta mulher, é preciso lembrar, como dizia anteriormente, ela pertence a um povo pelo qual os judeus, ao se referir a eles, apelaram a cães. Até Jesus, no início da altercação, pensa que sua tarefa é reunir o rebanho disperso de Israel. Tem-se a impressão que Jesus não entendeu bem que a salvação é para todos os homens e não uma prerrogativa exclusiva de Israel: «Fui enviado apenas aos perdidos da casa de Israel». Mas a mulher, que lhe havia pedido a libertação de sua filha da possessão demoníaca, insiste em pedir a sua ajuda. A resposta de Jesus é constrangedora, mas ela manifesta a pedagogia de Deus que permite o sabor duro e amargo da vida (Mulher, grande é a tua fé! seja feito como desejas…).
Três lições podem ser tiradas desta passagem do Evangelho: uma mulher pagã ajudou Jesus a descobrir sua missão universal; aos discípulos, judeus e não-judeus, o acesso ao Reino de Deus está reservado a todos aqueles que têm uma fé baseada na generosidade de Deus; o próprio Deus, por intercessão de Jesus, liberta o homem do mal físico e moral. A mulher, independentemente da resposta recebida, insiste humildemente, não reivindicando direitos. É uma invocação sincera, que nasce da angústia e da esperança.
Novo critério para compreender a mensagem e a grandeza do homem: não pertencer a uma raça, a um grupo religioso, mas a fé. Todos, mesmo os que estão longe da Igreja, se converterem-se, podem tornar-se instrumentos para o crescimento do Reino de Deus. A mulher também passa de um mero pedido de um milagre à consciência de filha amada por Deus, pois, o Reino de Deus não é uma verdade tranquilizadora.
Somos capazes de viver um evangelho sem fronteiras, principalmente neste tempo? Os pagãos comem de algumas migalhas caídas da mesa dos cristãos?
Bênção de Deus e estamos juntos
Santo Domingo a todos e todas
Ir. Padre Alberto Sissimo, PSDP
Primeira Let.:Is. 56,1.6-7; Sl. 66; Segunda Let.: Rm. 11,13-15.29-32; Ev. Mt. 15,21-28
Saudações em Cristo Jesus!
DEUS É NOSSO PAI…
SOMOS TODOS IRMÃOS…
Estamos viver o vigésimo Domingo do Tempo comum, neste ano especial de 2020. Apensar do Covid-19, o mistério de Deus, continua a fazer morada no meio de nós. As vezes com sabor bom e outras com sabor amargo. Para mim, o sabor amargo é a perda incontornável do meu Padrinho Adriano Feliciano que vai a enterrar em plano dia da solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria (15/08), «memoriam in eterno».
Os textos bíblicos da liturgia da Palavra deste Domingo, revela-nos como Deus vem até nós, mas nem sempre saímos para encontrá-lo. Para evitar discussões inúteis sobre impurezas com escribas, fariseus e outras autoridades judaicas, Jesus se retira para o sul do Líbano, para a terra dos fenícios, ou seja, para a terra pagã. Mas também aqui ele enfrenta o mesmo problema. A sua presença manifesta-se de muitas maneiras diferentes, mas nem sempre é reconhecida e bem-vinda pelo povo. Às vezes, é bem-vindo de maneiras e lugares surpreendentes. hoje, vemos Jesus partindo para um lugar inesperado: a região entre Tiro e Sidónia, habitada por pagãos. Sua chegada não passa despercebida: é recebido por uma mulher cananéia, alguém, que não pertencia a Israel. A mulher (humanidade), não exprime só e sobretudo as próprias necessidades: reconhece, Jesus como Senhor, filho de David. Seu grito de desespero é purificado tornando-se oração. Quando dizemos ou cantamos na missa: “Senhor, tem piedade”, repetimos, as palavras e venerações da mulher cananéia, que confronta, Jesus, com a questão da salvação dos pagãos.
Na primeira leitura de hoje, o Senhor, por meio do profeta Isaías, convida todos os crentes nele, isto é, aqueles que o reconhecem e o adoram como Pai de todos os homens, devem ser acolhidos em sua casa de oração. Mais detalhadamente, o primeiro versículo do capítulo cinquenta e seis de Isaías, com o qual começa o livro das consolações, nos diz que a condição para ser admitido à salvação é observar as leis da justiça emanadas de Deus. Nos versículos 6 e 7, Isaías nos diz que até mesmo os estranhos são admitidos à salvação. Portanto, todos os povos, israelitas, cristãos católicos e outros, são convidados a seguir o Senhor e, merecem participar da Casa de oração.
O Salmista, convida-nos a elevar o nosso olhar dos bens temporais aos espirituais, mas também a evitar a tentação de cair num espiritualismo desencarnado, porque nada impuro foi criado por Deus, tendo criado tudo para eternidade.
Na segunda leitura, São Paulo, no capítulo 11 de sua carta aos Romanos, nos diz que os cristãos, seus correligionários, a não se afastarem de Moisés e, portanto, aceitar Cristo, que dizia, todos os homens, foram reconciliados com Deus, em Cristo, por Cristo, com Cristo.
O santo Evangelho hoje, é retirado do capítulo quinze de Mateus, narra que Jesus, percebendo a dureza de coração de seu povo, vai a terras pagãs, em terras fenícias e os encontra uma mulher Cananeia. Caná não é um lugar geográfico, mas religioso: o teu coração, a sua casa, a família. Em relação a esta mulher, é preciso lembrar, como dizia anteriormente, ela pertence a um povo pelo qual os judeus, ao se referir a eles, apelaram a cães. Até Jesus, no início da altercação, pensa que sua tarefa é reunir o rebanho disperso de Israel. Tem-se a impressão que Jesus não entendeu bem que a salvação é para todos os homens e não uma prerrogativa exclusiva de Israel: «Fui enviado apenas aos perdidos da casa de Israel». Mas a mulher, que lhe havia pedido a libertação de sua filha da possessão demoníaca, insiste em pedir a sua ajuda. A resposta de Jesus é constrangedora, mas ela manifesta a pedagogia de Deus que permite o sabor duro e amargo da vida (Mulher, grande é a tua fé! seja feito como desejas…).
Três lições podem ser tiradas desta passagem do Evangelho: uma mulher pagã ajudou Jesus a descobrir sua missão universal; aos discípulos, judeus e não-judeus, o acesso ao Reino de Deus está reservado a todos aqueles que têm uma fé baseada na generosidade de Deus; o próprio Deus, por intercessão de Jesus, liberta o homem do mal físico e moral. A mulher, independentemente da resposta recebida, insiste humildemente, não reivindicando direitos. É uma invocação sincera, que nasce da angústia e da esperança.
Novo critério para compreender a mensagem e a grandeza do homem: não pertencer a uma raça, a um grupo religioso, mas a fé. Todos, mesmo os que estão longe da Igreja, se converterem-se, podem tornar-se instrumentos para o crescimento do Reino de Deus. A mulher também passa de um mero pedido de um milagre à consciência de filha amada por Deus, pois, o Reino de Deus não é uma verdade tranquilizadora.
Somos capazes de viver um evangelho sem fronteiras, principalmente neste tempo? Os pagãos comem de algumas migalhas caídas da mesa dos cristãos?
Bênção de Deus e estamos juntos
Santo Domingo a todos e todas
Ir. Padre Alberto Sissimo, PSDP
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