Por: Leal Mundunde
O Presidente da República, João Lourenço disse que actualmente o sistema judicial em Angola tem "absoluta" liberdade e nega a existência de interferência do poder político, sobretudo no combate a corrupção.
" Talvez fosse assim no passado. Hoje não", afirmou João Lourenço, que exemplifica esta separação dos dois poderes com os diversos casos de julgamento que estão a ocorrer no país com realce aos assuntos ligados ao combate a corrupção.
Para o político que lidera o país deade 2017, "se a Justiça fosse conduzida pelo poder político, o lógico seria o poder político proteger os seus. Proteger ministros e outras figuras com grandes responsabilidades na sociedade e no Governo em particular. Portanto, esta é a lógica. O que está a acontecer é precisamente o contrário, o que significa que a Justiça tem as mão livres para actuar".
Sobre as informações postas a circular, alegando que o antigo vice presidente Manuel Vicente é um dos seus conselheiros, disse ser falsa. "Alguém acordou bem disposto e inventou isto. (...) Ele não é meu conselheiro para área nenhuma. O que se diz é que é meu conselheiro para o sector dos petróleos, mas isso é absolutamente falso".
O Presidente de Angola em declarações esta semana à DW África, revelou que o facto foi provavelmente inventado por indivíduos que não queriam que o processo de Manuel Vicente fosse transferido de Portugal para Angola e " inventaram esta mentira".
"Há quem não tivesse gostado da posição firme que Angola tomou no sentido de solicitar a transferência de Portugal para Angola. Mas, repito, a simples transferência de um processo de um país para o outro não constitui absolvição. Quem absolve são os tribunais. E que dizem se as pessoas cometeram crimes ou não cometeram crimes", finalizou em entrevista a DW África.
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