TUDO SOBRE
5ª Edição
Por: Josimar Agostinho Onjango
Portal Mundunde Online Angola
No calendário, gregoriano, na data 11 de Novembro de 1975, celebramos o dia da Independência Nacional.
Ao ser declarada, quer se demonstrar que tornamo-nos independentes de alguém de quem antes éramos dependentes.
No passado ficou registada a história. Ouviram-se gritos de força, em prol de uma Angola unida e vitoriosa. Muita água correu pelo rio do tempo com alegrias e tristezas. As palavras foram ditas, um só Povo uma só Nação. A centralização e a não-liberdade, própria de formas de governo de cariz socialista, foram nota marcante.
Mas desde 1992 Angola aderiu à iniciativa privada, sempre prometendo dias melhores para os cidadãos. No sector do Ensino, entra, finalmente, em funcionamento a Universidade Católica de Angola. Hoje o país conta com 55 instituições do Ensino Superior privadas.
No momento, cada vez mais, abrimo-nos ao mundo e exercitamos com sucesso a necessidade de compreender que todos são livres de buscarem melhores condições de vida. O aceitar o outro, o que vem, não é muito difícil, pois a hospitalidade é um valor cultural. De bom grado aceitamos, entre nós, os nossos irmãos de outras latitudes, estes encontram-se, principalmente, inseridos nos ramos petrolífero, construção civil, medicina, marketing, comunicação, hotelaria e comércio.
Mas a realidade vivida em muitas das Empresas, tanto do sector privado como do público, é apresentada, em muitos casos pelos Sindicatos ou pelos grevistas, sendo estes últimos os mais constantes, segundo a qual os expatriados auferem um salário substantivamente superior ao dos profissionais angolanos, somadas outras regalias e benesses.
Será o salário elevado dos expatriados, comparando com os dos nacionais, um sinal de dependência na Independência? Se até temos um fértil Ensino Superior e formandos, juntando-se a estes os que estudaram noutros países, como aflorado no início, o que estaria na base desta reclamada diferença salarial? Seria a inexistência de recursos humanos locais para dar resposta aos desafios actuais do sector empresarial um factor determinante? Seria a falta de vontade política em mudar o quadro, por meio de uma legislação aplicável que valorize, em primeiro lugar, os filhos da Pátria? Seriam estas ou haveriam outras razões para tal dependência na Independência?
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