Por: Leal Mundunde
Associação dos Escuteiros de Angola(A.E.A)garante em comunicado que tomou conhecimento por via não formal a decisão da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé(CEAST),que proibe os Escuteiros da Igreja Católica, de participarem das actividades,dos programas e eleições desta associação,desde sexta-feira, 20 de Setembro.
A CEAST justifica a medida por alegadamente existir pouca clareza do caminho que o Escutismo está a tomar nos últimos tempos, “caracterizada por uma crescente arrogância e prepotência na relação com os jovens, com os dirigentes e com quem tem opinião contrária, dando lugar a múltiplas suspensões e expulsões arbitrárias nos agrupamentos" das Paróquias, sem conhecimento dos Pároco.
De acordo ao comunicado da A.E.A, junta Central, esta associação solicitou um encontro formal coma a CEAST para dialogarem sobre a medida desta instituição Católica.
Associação dos Escuteiros de Angola, reafirma que o Escutismo é um movimento de promoção da paz,do dialogo e reconciliação,pelo que apela aos dirigentes e escuteiros a exercitarem o dever de respeito e tolerância.
Recordar que segundo o Comunicado da CEAST, a medida tomada vai decorrer até novas ordens, ficando os Escuteiros Católicos, sob a responsabilidade dos Párocos e Assistentes, bem como dependência do Bispo de cada Diocese.
A CEAST garante que no próximo mês vai indicar uma Comissão Instaladora para a organização do Escutismo Católico em Angola.
Os Bispos da Conferencia Episcopal de Angola e São Tomé, prometem continuar a ter abertura ao diálogo com a Associação dos Escuteiros de Angola. Reafirmam ainda o dialogo com o Escutismo de outras denominações religiosas, para que seja encontrada uma “plataforma de unidade sem se perder a identidade”.
Em declaração ao Portal Mundunde Online Angola, um dos Escuteiros que não quis identificar-se disse que a medida da CEAST foi "pouquinho drástica e também positiva",alegando que a informação chegou de forma repentina e muitos superiores dos Escuteiros tomaram conhecimento via Redes Sociais.
Para a nossa fonte, a Junta Regional tem vindo a efectuar cobranças elevadas e que de certa forma não tem sido benéfico para os Escuteiros."Para mim,a decisão dos bispos não está errada,está mesmo certa",acresceu.
Segundo a Escuteira Márcia da Arquidiocese de Luanda ,a decisão da CEAST é "muito negativa",pois vai fazer com que muitos fujam das suas paroquias e tem estado a ouvir que alguns deixarão os seus agrupamentos afectos a Igreja Católica para pertencerem a outros que não sejam Católicos.
Segundo a Escuteira Márcia, devia-se encontrar outra alternativa que não fosse a retirada dos Escuteiros Católicos da Associação,pelo que apela ao dialogo permanente.
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