TUDO SOBRE-5ª EDIÇÃOPor: Josimar Agostinho Onjango
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Conforme a Constituição da República de Angola, no artigo 118º, “O Presidente da República dirige ao País, na abertura do Ano Parlamentar, na Assembleia Nacional, uma mensagem sobre o Estado da Nação e as políticas preconizadas para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvimento do País”. O nome do injuntivo legal, conforme aparece em epígrafe na Carta Magna, é Mensagem à Nação. Mensagem até pode ser, contudo não à Nação. Porque não somos uma Nação, ainda, é um dos ideias, estamos a caminhar para País, depois falamos de Nação, mas como aflorei, é um sonho tornarmo-nos um dia numa Nação. Cumprindo tal competência, no dia quinze de Outubro, o novo PR da República dirigiu-se aos angolanos de Cabinda ao Kuando Kubango. O palco foi a Casa das Leis diante dos seus inclinos, os duzentos e vinte deputados, mais a mesa da Assembleia Nacional, além desses, os convidados. Um discurso marcado por exageros.
Um discurso de exageros de números. Desde o início ao fim, foram lidos números e mais números, 1327 declarações de bens, 4 mil e 100 milhões de dólares, 9.629.000 euros, assistência a 943.000 famílias, 5.235 megawatts, 54,66%, 9.120 profissionais, 17.119 em 2017 para 18.322 em 2019, 200.674 professores, 10 mil novos professores, números com pouco conteúdo, ganham tal adjectivação, também, por notarmos que quase não se repercutem na vida dos cidadãos.
Um discurso de exageros de imprecisões. As mais graves são dos tais superavite, como o economista Precioso Domingos mostrou, partindo a loiça toda, ao demonstrar que em recessão e essa mono-produção e destruição da economia não é espectável conseguir-se e seria no mínimo desumano admitir tal superavite e as populações viverem graves e penosas necessidades básicas. Mesmo dos novos empregados, os 161.997, esquecendo-se dos desempregados do tempo do seu mandato. Mas entre as inexatidões mais badaladas encontramos, o caso da Mediateca do Kuito, onde no discurso, aparece como já inaugurada, mas na realidade ainda não foi estreada e a Escola Hélder Neto, no Namibe que ainda não foi cortada a fita, está em obras.
Um discurso de exageros de salvas de palmas, palmas, palmas, palmas, mesmo num dos momentos quando João Manuel Gonçalves Lourenço afirmou que “Foi iniciada a implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em substituição do imposto de consumo, o que significa um marco importante na modernização, simplificação e aumento da eficiência do sistema tributário do país, facilitando a mais rápida integração da nossa economia na economia regional e mundial”, os do partido da maioria bateram palmas. Tal atitude pode nos levar a pensar que os deputados não sentem o mesmo que os caros compatriotas sentem, não sofrem o que o cidadão não-parlamentar sente, salvas de palmas que chocam com a trágica realidade do angolano. O custo de vida aumentou. A cesta básica sofreu alteração dos preços, subiram. E os deputados bateram palmas.
Um discurso de exageros de números, um discurso de exageros de imprecisões, um discurso de exageros de salvas de palmas e porque não, um discurso de exagero pelo tempo que levou. Durante mais de duas horas. Chega um momento em que cansa. Estamos cansados.
Conforme a Constituição da República de Angola, no artigo118º, “O Presidente da República dirige ao País, na abertura do Ano Parlamentar, na Assembleia Nacional, uma mensagem sobre o Estado da Nação e as políticas preconizadas para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvimento do País”. O nome do injuntivo legal, conforme aparece em epígrafe na Carta Magna, é Mensagem à Nação. Mensagem até pode ser, contudo não à Nação. Porque não somos uma Nação, ainda, é um dos ideias, estamos a caminhar para País, depois falamos de Nação, mas como aflorei, é um sonho tornarmo-nos um dia numa Nação. Cumprindo tal competência, no dia quinze de Outubro, o novo PR da República dirigiu-se aos angolanos de Cabinda ao Kuando Kubango. O palco foi a Casa das Leis diante dos seus inclinos, os duzentos e vinte deputados, mais a mesa da Assembleia Nacional, além desses, os convidados. Um discurso marcado por exageros.
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