Por: Leal Mundunde
O Presidente do MPLA, João Lourenço lamentou esta quinta-feira, a detenção de Jornalistas por Agentes da Polícia Nacional, durante a Marcha pela cidadania que aconteceu sábado, em Luanda.
No discurso de abertura da quarta sessão ordinária do Comité Central dos Camaradas, em que abordou sobre os diversos assuntos do país, João Lourenço aproveitou a ocasião, para mostrar o seu descontentamento pela forma como ocorreram as "detenções de jornalistas devidamente credenciados e no pleno exercício das suas funções", situação que espera não voltar a acontecer.
Ao longo do discurso, o Presidente do MPLA afirmou que o direito à manifestação é uma realidade no país, "onde já tiveram lugar manifestações pacíficas de protesto ou de reivindicação de direitos".
"Não posso deixar aqui de manifestar a nossa indignação com os mais recentes e tristes acontecimentos em Luanda, de desrespeito do Decreto Presidencial que proíbe ajuntamentos populacionais, protagonizado por um grupo de jovens que cometeram desacatos na via pública, destruíram bens públicos e privados de pacatos cidadãos", acresceu.
PRESIDENTE DO MPLA ACUSA UNITA
João Lourenço disse ainda que a marcha organizada por membros da Sociedade civil, teve envolvimento directo da UNITA, maior partido na oposição do país.
Para o líder do MPLA, a participação de membros do Galo Negro na marcha, deve merecer repúdio da sociedade angolana e não pode permitir que os partidos políticos com assento parlamentar, "incitem os jovens e a população para a desobediência civil".
"A UNITA deve assumir todas as consequências dos seus actos de irresponsabilidade, que podem contribuir para o aumento acentuado de novos casos de contaminação por COVID-19", afirmou o Presidente do MPLA, partido que lidera o país desde 1975.
Para os próximos dias, os membros da Sociedade Civil que organizaram a marcha de 24 de Outubro, pretendem realizar mais uma manifestação e segundo relatos, o facto poderá ocorrer em outras províncias do país e perante esta realidade, o governante garante que as autoridades vão continuar atentas e "cumprir com o seu papel de manutenção da ordem pública e fazer cumprir as medidas tomadas no quadro do Estado de Calamidade Pública".
João Lourenço reconheceu ainda que , num Estado Democrático os cidadãos têm o direito de reunião e de manifestação, de se divertir, de livre circulação pelo território nacional mas, alerta que em função da situação que o mundo enfrenta com a propagação da Covid-19, a população deve evidenciar esforço em contribuir para a erradicação desta pandemia.
Este é um assunto que continuaremos acompanhar e o Portal Mundunde Online Angola, promete trazer mais pormenores nas próximas horas, com a reação da direcção da UNITA.
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