NOVA TEMPORADA DO ESPAÇO "TUDO SOBRE"
Edição:1
Por: Josimar Agostinho Onjango
As Instituições Públicas, como o próprio nome indica, não são privadas, pertencem ao Estado. Se pertencem ao Estado, então pertencem ao Povo, ao cidadão, isso se partirmos da lógica de que o Povo é parte do Estado. Sabemos que o Povo junto com o Território e a Soberania constituem o Estado.
As Instituições Públicas existem para servir o cidadão, esse é um fim específico dentro de um fim geral do Estado que é bem comum do Povo. Quando isso não acontece, então as Instituições Públicas não estão a cumprir com o seu fim. Não são poucas as vezes que observamos ou vivenciamos situações anómalas nalgumas Instituições Públicas: mau atendimento por parte dos funcionários públicos (frieza, stress, arrogância); inexistência de informações sobre questões e dúvidas próprias de quem procura um serviço pela primeira vez, ingerência do segurança da instituição em questões fora da sua competência, morosidade no atendimento e atraso no cumprimento dos prazos, a chamada “gasosa”, o não cumprimento da ordem de chegada, por parte de certas pessoas, mesmo sem estarem no grupo dos que têm prioridade, muitos cidadãos sentem-se obrigados a manter-se o mais calmo possível e seguir as “normas do jogo” para não ter problemas com os funcionários. Isso tem acontecido. Certamente também observamos ou vivenciamos situações dignas de uma sonora salva de palmas, quando assim acontece, estão a cumprir com o seu fim.
Soluções? Alguns afirmam que devemos apostar mais na formação dos recursos humanos; Outros pensam que as condições de trabalho devem ser melhoradas; Há ainda quem pensa que devem ser dados melhores salários. Apresentadas que estão as possíveis soluções, surgem perguntas que não querem se calar: Que tipo de formação devem ser ministradas? A instrução resolve tudo, saber implica fazer? E a ética será cultivada? Quem vai formar, como vai formar? Faz alguma diferença ter equipamentos novos e modernos e ter ao mesmo tempo funcionários que eventualmente não saberão trabalhar com eles? Saberão cuidar deles? Só o salário resolve alguma coisa (mesmo os que ganham salários com quatro (4) dígitos ainda roubam, corrompem e se deixam corromper)?
E nós? Sim, nós os utentes, os cidadãos. Todos os dias acorremos à uma Instituição Pública com as mais variadas motivações e os mais variados objectivos. Nós precisamos cuidar do bem público. Aquela ideia à toa de pensar “Isso é do Estado”, “pode estragar isso é do Estado”, precisa acabar, pois o Estado somos todos nós, essas Instituições Públicas não são pertença privada de ninguém, nem de Ministro ou Governador, é de todos, é do Povo, é do cidadão, logo é tua, é minha. Por isso não voltes a estragar algo que é de todos. Se quiseres faça algo privado e faz com ele o que quiseres desde que não afecte os direitos e liberdades dos outros. Por outro lado, sempre que não nos sentirmos satisfeitos com o atendimento prestado numa Instituição Pública precisamos mostrar o nosso descontentamento usando os meio legítimos, fazendo reclamação, escrita ou verbal, falando com o superior em serviço. Há quem aconselha a fazermos isso só depois de cumprirmos com os objectivos que nos levaram à instituição. Outros aconselham a apresentar a reclamação no momento, dando assim possibilidade da anomalia ser solucionada prontamente.
O Estado somos todos nós. A pessoa deve ser o centro das nossas actividades, das nossas ideias. Precisamos nos amar mais enquanto pessoas membros da mesma família humana. Precisamos olhar para o outro e ver uma pessoa com dignidade, que tem sentimento, que é nosso semelhante, que independentemente das diferenças como: cor, sexo, nível social, origem, nível de escolaridade, partido político continua a ser uma pessoa com dignidade e com valor acima de todo e qualquer outro elemento da natureza. “Humanizar os serviços públicos” precisa continuar a deixar de ser uma frase, precisa continuar a ser uma realidade.
FELIZ DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR!
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